Apontamentos Bio-bibliográficos
Adolfo Correira da Rocha nasceu a 12 de Agosto de 1907 em S. Martinho de Anta ( Trás-os-Montes), onde frequentou a escola primária. Depois de uma curta passagem pelo seminário de Lamego, partiu para o Brasil, com apenas treze anos, regressando a Portugal, após o que se matricula na Faculdade de Medicina, licenciando-se em 1933.
Tenda publicado em 1928 um pequeno livro de versos, Ansiedade, colaborou em seguida na Presença, que viria a abandonar. Rampa, em 1930, é a obra em que começa a afirmar a sua verdadeira força poética. Dirigiu também a revista Sinal, a que se seguiu uma outra, Manifesta, tendo também colaborado na Revista de Porutgal. Com A Terceira Voz, em 1934, surgiria o pseudónimo que o tornaria uma das maiores figuras das letras portuguesas: Miguel Torga. Com o seu espírito de independência e a originalidade da sua escrita, à margem de grupos literários, criaria uma obra com características muito próprias, que lhe conferem um lugar destacado na nossa literatura.
Após breve passagens profissionais por Vila Nova (Miranda do Corvo) e Leiria (onde viria a ser preso e remetido para os cárceres salazaristas), fixa-se definitivamente em Coimbra, onde desenvolveu, a par da sua actividade médica, o oficio de escritor, através de uma obra multifacetada, abrangendo os diversos géneros literários, da poesia a conto, do teatro ao romance, sem esquecer textos de empenhada afirmaçao ou os volumes autobiográficos da Criação do Mundo e as reflexões e poemas que nos deixou nos dezasseis volumes do seu Diário. A sua vasta bibliografia granjeou-lhe o reconhecimento do valor da sua obra, não só em Portugal, que retratou em páginas admiráveis, mas também por esse mundo fora, me que, traduções nos mais diversos paises e idiomas e prémios literários significativos, tomariam o seu nome verdadeiramente universal.
Com a tenacidade com que construiu a sua obra literária e exerceu a sua actividade de médico, lutando no seu isolamento criador, enfrentou estoicamento a doença que acabara por vencê-lo no dia 17 de Janeiro de 1995. E quando no dia seguinte, fez a derradeira viagem de Coimbra para Agarez natal da sua ficção, de Miguel Torga ficava para todo o sempre a originalidade e a força da sua obra singular.
Quando em 1925, o jovem Adolfo Rocha chega a Coimbra, para em três anos fazero curso dos liceus e ingressar na Faculdade de Medicina, estava, porventura, longe de imaginar que na Cidade do Mondego iria cumprir uma longa jornada de sete décadas. Setenta anos quase ininterruptos de estudo, de estudo, de devotado serviço a dois amos, a medicina e as letras, médico e escritor, tornando-se universal com o nome de Miguel Torga. Coimbra que lhe inspirou os versos que lhe ditou a escrita e foi janela aberta para o Portugal que calcorreou e o Mundo que percorreu. E onde os dias da sua criação atingiram os cumes literários e recebeu os ecos da sua consagração.Por isso, esta exposição é um breve retrato dessa jornada sem fim, pois para sempre se sentirá em Coimbra a presença de Torga, como para sempre estará Coimbra bem viva na sua obra.
Tenda publicado em 1928 um pequeno livro de versos, Ansiedade, colaborou em seguida na Presença, que viria a abandonar. Rampa, em 1930, é a obra em que começa a afirmar a sua verdadeira força poética. Dirigiu também a revista Sinal, a que se seguiu uma outra, Manifesta, tendo também colaborado na Revista de Porutgal. Com A Terceira Voz, em 1934, surgiria o pseudónimo que o tornaria uma das maiores figuras das letras portuguesas: Miguel Torga. Com o seu espírito de independência e a originalidade da sua escrita, à margem de grupos literários, criaria uma obra com características muito próprias, que lhe conferem um lugar destacado na nossa literatura.
Após breve passagens profissionais por Vila Nova (Miranda do Corvo) e Leiria (onde viria a ser preso e remetido para os cárceres salazaristas), fixa-se definitivamente em Coimbra, onde desenvolveu, a par da sua actividade médica, o oficio de escritor, através de uma obra multifacetada, abrangendo os diversos géneros literários, da poesia a conto, do teatro ao romance, sem esquecer textos de empenhada afirmaçao ou os volumes autobiográficos da Criação do Mundo e as reflexões e poemas que nos deixou nos dezasseis volumes do seu Diário. A sua vasta bibliografia granjeou-lhe o reconhecimento do valor da sua obra, não só em Portugal, que retratou em páginas admiráveis, mas também por esse mundo fora, me que, traduções nos mais diversos paises e idiomas e prémios literários significativos, tomariam o seu nome verdadeiramente universal.
Com a tenacidade com que construiu a sua obra literária e exerceu a sua actividade de médico, lutando no seu isolamento criador, enfrentou estoicamento a doença que acabara por vencê-lo no dia 17 de Janeiro de 1995. E quando no dia seguinte, fez a derradeira viagem de Coimbra para Agarez natal da sua ficção, de Miguel Torga ficava para todo o sempre a originalidade e a força da sua obra singular.
Quando em 1925, o jovem Adolfo Rocha chega a Coimbra, para em três anos fazero curso dos liceus e ingressar na Faculdade de Medicina, estava, porventura, longe de imaginar que na Cidade do Mondego iria cumprir uma longa jornada de sete décadas. Setenta anos quase ininterruptos de estudo, de estudo, de devotado serviço a dois amos, a medicina e as letras, médico e escritor, tornando-se universal com o nome de Miguel Torga. Coimbra que lhe inspirou os versos que lhe ditou a escrita e foi janela aberta para o Portugal que calcorreou e o Mundo que percorreu. E onde os dias da sua criação atingiram os cumes literários e recebeu os ecos da sua consagração.Por isso, esta exposição é um breve retrato dessa jornada sem fim, pois para sempre se sentirá em Coimbra a presença de Torga, como para sempre estará Coimbra bem viva na sua obra.
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