Biografia Breve
1923 - a 19 de Janeiro, nasce na Póvoa de Atalaia, Eugénio de Andrade, nome civil José Fontinhas. Inicia aí mesmo os seus estudos primários que prossegue em Castelo Branco.
1932 - com sua mãe, figura titular e poética da sua vida, migra para Lisboa.
1933 - estuda no Liceu Passos Manuel e inscreve-se, depois, na Escola Técnica Machado de Castro pensando seguir Engenharia, que viria a abandonar.
1939 - incentivado por António Botto, que conhecera anteriormente, publica o poema “Narciso” que ainda assina com o nome civil e que mais tarde repudia.
1942 - publica Adolescente, o seu livro de estreia, dedicado a Pessoa que também virá a repudiar e que apenas retirará alguns textos depois publicados em Primeiros Poemas.
1943 - instala-se com sua mãe nos arredores de Coimbra. Conhece Afonso Duarte, Miguel Torga, Carlos de Oliveira e Eduardo Lourenço.
1944 - é incorporado no serviço militar onde, após a recruta, é colocado nos serviços de saúde de Lisboa e depois em Coimbra.
1945 - publica Pureza que terá o mesmo destino de Adolescente .
1947 - é admitido nos Serviços Médicos-Sociais, nos quais se manterá em funções como inspector, até 1983. Conhece Sophia de Mello Breyner Andresen.
1949 - torna-se amigo de Mário Cesariny e priva com o grupo de surrealistas, movimento que poucas marcas deixará na sua poesia.
1950 - publica Os Amantes Sem Dinheiro . Muda-se para o Porto. Em 1951 publica Palavras Interditas . Conhece Pascoaes. Em Madrid, priva com Vicente Aleixandre e Ángel Crespo.
1956 - morre sua mãe. Publica Até Amanhã ilustrado com originais de Jean Cocteau.1957 - publica Coração do Dia . Conhece Luís Cernuda, cujas cartas a Eugénio foram mais tarde publicadas em Espanha. Jorge de Sena, seu amigo desde o inicio da década, inclui-o nas suas Líricas Portuguesas .
1960 - conhece Marguerite Yourcenar com quem se corresponderá. Lopes-Graça edita em disco as suas composições para os poemas de As Mãos e os Frutos .
1964 - publica Ostinato Rigore , que ele próprio considera, a par do posterior Branco no Branco um dos seus melhores livros.
1968 - publica Os Afluentes do Silêncio , prosa, e Daqui Houve Nome Portugal uma monumental antologia de verso e prosa sobre o Porto.
1969 - traduz as Cartas Portuguesas atribuídas a Mariana Alcoforado.
1971 - publica Obscuro Domínio e mais uma antologia Memórias de Alegria dedicada a Coimbra. É lançado, ainda, 21 Ensaios sobre Eugénio de Andrade .
1972 - publica a antologia de poesia erótica Variações Sobre Um Corpo , uma recolha da sua própria poesia Antologia Breve e o volume Versos e Alguma Prosa de Luís de Camões . Uma das reedições da sua escolha de Camões iria ultrapassar, logo após o 25 de Abril, todos os recordes de tiragens.
1974 - publica Escrita da Terra com títulos como Monfortinho, Castelo Branco, Póvoa de Atalaia e numa 3ª edição Campos de Atalaia
1976 - publica Limiar dos Pássaros e a sua primeira obra de literatura infanto-juvenil História da Égua Branca .
1981 - primeiro encontro com Jorge Luís Borges. Óscar Lopes edita um volume dedicado à poesia de Eugénio Uma Espécie de Música .
1982 - publica O Peso da Sombra . Recebe o grau de Grande Oficial de Ordem Militar de Sant'Iago de Espada.
1983 - é nomeado para a Academie Mallarmé de Paris.
1984 - Branco no Branco , editado em este ano, recebe o Prémio de Poesia Pen Club.
1985 - a C. M. do Porto concede-lhe a Medalha de Méritos da Cidade e no ano seguinte recebe o prémio da Assoc. Internacional dos Críticos Literários.
1987 - edita Vertentes do Olhar que recebe o Prémio Dom Dinis.
1988 - publica O Outro Nome da Terra obtendo o primeiro Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. É homenageado com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.
1989 - a tradução francesa de Branco no Branco vale-lhe o Prémio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia estrangeira editado em França.
1991 - um grupo de amigos decide criar a Fundação Eugénio de Andrade e publica, já com a chancela da fundação, o livro Rente a Dizer . Os seus 50 anos de trabalho literário são comemorados.
1994 - publica Oficio da Paciência . Muda-se para a casa da Fundação Eugénio de Andrade, um ano mais tarde publica O Sal da Língua e a Fundação abre finalmente ao público.
1996 - recebe o Prémio Europeu de Poesia da Comunidade de Varchatz.
2000 - é-lhe atribuído o Prémio Extremadura de criação literária, o Prémio Celso Emílio Ferreiro e o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores e no ano seguinte recebe o Prémio Camões.
2002 - recebe o Prémio de Poesia Pen Club com o Os Sulcos da Sede editado no ano anterior.
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