Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
o plantador de naus a haver,
e ouve um silêncio múrmuro comsigo:
é o rumor dos pinhaes que, como um trigo
de Império, ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse cantar, jovem e puro,
busca o oceano por achar;
e a falla dos pinhaes, marulho obscuro,
é o som presente desse mar futuro,
é a voz da terra anciando pelo mar.
o plantador de naus a haver,
e ouve um silêncio múrmuro comsigo:
é o rumor dos pinhaes que, como um trigo
de Império, ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse cantar, jovem e puro,
busca o oceano por achar;
e a falla dos pinhaes, marulho obscuro,
é o som presente desse mar futuro,
é a voz da terra anciando pelo mar.
No século XIII a Europa estava deflorestada após séculos de exploração selvagem das florestas primevas. D.Dinis levou a cabo um vasto plano de reflorestação através do plantio de matas reais de pinheiros bravos. A madeira foi depois utilizada na construção das caravelas das Descobertas, o que é o tema deste belo oitavo poema da Mensagem.
"Cantar de Amigo"- poema medieval, cantado pelos trovadores. D.Dinis escreveu vários destes cantares.
"silêncio murmuro"- silêncio murmurante.
"arroio"- riacho; "marulho"- som do mar.
"Cantar de Amigo"- poema medieval, cantado pelos trovadores. D.Dinis escreveu vários destes cantares.
"silêncio murmuro"- silêncio murmurante.
"arroio"- riacho; "marulho"- som do mar.
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